A maior rede social do mundo liga mais de meio bilhão de pessoas. Isso permite comunicações e compartilhamentos em vários níveis, que vão desde pequenos arquivos até grandes obras, vídeos e outros materiais de interesse comum. Você já deve saber que essa rede é o Facebook, mas você acha que ele é tão seguro quanto imaginamos? Veja matéria completa:
Renan Hamann
A maior rede social
do mundo liga mais de meio bilhão de pessoas. Isso permite comunicações e
compartilhamentos em vários níveis, que vão desde pequenos arquivos até grandes
obras, vídeos e outros materiais de interesse comum. Você já deve saber que
essa rede é o Facebook, mas você acha que ele é tão seguro quanto imaginamos?
Nas últimas semanas, várias denúncias
surgiram, todas afirmando que os dados pessoais armazenados nos servidores do
Facebook vão muito além do que pode ser considerado respeitoso à privacidade
dos usuários. Há informações, inclusive, que afirmam que mesmo depois de
deletar a conta, os ex-cadastrados continuam tendo os movimentos registrados.
Mas como o Facebook faz esse rastreio?
Assim como grande parte dos sites da internet, o Facebook
instala cookies no seu computador. Eles são responsáveis pelo armazenamento de
uma série de informações de navegação e, o principal, são utilizados para
enviar estes mesmos dados até servidores remotos. E é com base nesses cookies
que as denúncias de que o Facebook estaria rastreando seus usuários surgiram.
Segundo o USA Today , a rede social estaria
quebrando as regras de privacidade em três níveis:
Conectado : assim que você se loga nos servidores, um
cookie de sessão e um cookie de navegação são instalados no navegador. Eles são
responsáveis pela medição de tempo de permanência na página, além de localizar
IP, resolução e várias outras informações técnicas. Além disso, todas as vezes
que você clicar em "Curtir", preferências de usuário serão salvas.
Desconectado : quando você está navegando em outras
páginas ou se está visitando o Facebook, sem estar logado na rede social,
apenas o cookie de navegação é instalado. Porém, todos os itens citados
anteriormente continuam sendo informados ao servidor, incluindo seu IP e seu
tempo de permanência.
Após
encerrar as atividades do Facebook: denúncias de um grupo
alemão apontam para o fato de que, até mesmo após deletar a conta na rede
social, os usuários continuam sendo rastreados. Isso significa que dados de
navegação continuam sendo recebidos pelos servidores de Zuckerberg.
De
onde vêm as denúncias? A fonte principal das acusações é a ACLU (União pela Liberdade Civil Americana,
uma organização independente dos EUA), que afirma categoricamente: "A rede
social está seguindo você". Foi ela que entrou em contato com o órgão
governamental FTC (Comissão Federal do Comércio, também dos EUA), com as
denúncias de que o Facebook estava roubando informações.
O que a ACLU pede é que uma ferramenta chamada Do
not track (Não rastreie) seja
instalada no Facebook. Com ela, os usuários poderiam decidir se desejam ter
suas informações de navegação rastreadas e enviadas para a rede social e seus
parceiros. O próximo passo, caso a FTC endosse as denúncias, será levar os
pedidos até o congresso norte-americano.
O que isso significa? O Facebook está
passando pelas mesmas denúncias que a Google passou algum tempo atrás.
Provavelmente, o rastreamento de dados de navegação deve ser utilizado para
personalização de oferta de conteúdo, segmentando com mais eficiência os
anúncios exibidos. Encarar esses fatos como invasão de privacidade depende de
cada leitor. Mas é fato que, nem todos os usuários gostam de saber que estão
tendo todos os passos vigiados. Ainda mais quando não se sabe quais são as
reais intenções por trás da atitude.