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segunda-feira, 30 de abril de 2012

PROFESSORES NÃO SÃO PREPARADOS PARA ENSINAR

Na faculdade, futuro professor gasta maior parte do tempo com "fundamentos teóricos".

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | - Atualizada às 27/04/2012 12:49:20

Um professor com poucas oportunidades de aprender a dar aula é como um médico que não sabe tratar do paciente ou um advogado que não conhece os caminhos para defender o réu. Mas o que parece tão contraditório é uma realidade no caso dos educadores. O problema é comprovado por pesquisas, práticas e maus resultados.

Em todas as etapas de formação, os docentes enfrentam restrições ao aprendizado do próprio ofício. A universidade reserva a menor parcela do curso a lições de como ensinar, a bibliografia sobre o assunto é desproporcional à demanda e o tempo de aprendizado dentro da escola – apesar de previsto em lei – é desviado para assuntos burocráticos.

Para piorar, o modelo pelo qual os próprios professores aprenderam e que muitos replicam há décadas empaca diante de uma geração moldada pela facilidade e rapidez de resposta da internet. “A sociedade não precisa mais de alguém que traga a informação. Isso o computador pode fazer. No entanto, a sociedade precisa cada vez mais de um mestre que ensine a pensar, a resolver problemas, a produzir conhecimento. Só que dificilmente o educador sabe como fazer isso”, resume o professor emérito em Educação na Universidade de Paris 8 e visitante na Universidade Federal de Sergipe, Bernard Charlot.

Na opinião dele, os problemas de formação são potencializados pela tecnologia a que os alunos têm acesso, mas continuam sendo os mesmos. “A questão não é se o professor sabe promover o aprendizado naquele ambiente, mas se ele tem repertório para ensinar em vez de reproduzir informação”, diz. Pesquisas mostram que o problema começa enquanto o futuro mestre ainda é o aluno. A Fundação Carlos Chagas analisou detalhadamente os currículos de 94 faculdades de Letras, Matemática e Ciências Biológicas em todas as regiões do País por dois anos e concluiu que o “como ensinar” está longe de ser o foco dos cursos.

Em Letras, apenas 5,7% das aulas focavam em “didáticas, métodos e práticas de ensino”, em Matemática, 8% e, em Biológicas, 10%. Todo o restante do curso forma especialistas em cada área, explica o sistema educacional, expõe fundamentos teóricos ou mesmo apresenta “outros saberes”. A introdução de temas tecnológicos apareceu em apenas 0,2% dos currículos. Os dados da pesquisa, publicada em 2008, até agora não geraram mudanças sistemáticas. Dentro de limites genéricos como “fundamentos teóricos” e “conhecimentos específicos”, as universidades têm autonomia sobre os conteúdos dos cursos e, como simples orientador, os governos que tomam iniciativas têm resultado tímido na mudança dos currículos de faculdades para professores.

No Espírito Santo, a gerente de formação do magistério da Secretaria de Educação, Tania Paz, chamou 33 faculdades para debater os resultados e propor mudanças. Só 23 aceitaram. Ao longo de um ano foram nove encontros em que a Fundação Carlos Chagas participou, mas ao final não é possível dizer se haverá alteração prática. “Mostramos para eles nossas necessidades em sala, mas dentro das instituições a decisão é dos coordenadores de curso”, afirma a gerente.

Para ela, a dificuldade na formação é a base da crise educacional que o País enfrenta. “Fizemos uma avaliação diagnóstica do que era preciso melhorar no sistema a partir das dificuldades dos alunos e a conclusão é sempre a mesma: o professor”, afirma, ponderando que o profissional é, ao mesmo tempo, vítima e reprodutor do problema. "Muitos já escolhem a profissão por não conseguir aprovação nas carreiras mais concorridas por conta de uma educação ruim que tiveram e vão perpetuar enquanto não conseguirmos buscar formas de compensação."

O Ministério da Educação também encontrou um problema ainda anterior aos currículos das faculdades: a falta de livros sobre didática. Um edital para compra de material aberto de 2008 a 2011 resultou em apenas 100 obras aprovadas, segundo o então ministro da Educação, Fernando Haddad. “Mundo afora, você vai ver que chega a centenas de milhares de títulos. No Brasil, se uma pessoa iluminada quiser fazer mudanças num curso de licenciatura, vai ter de forjar o próprio material”, comentou às vésperas de deixar o cargo, em janeiro.

Na época, ele dizia que a colaboração do governo federal seria montar uma prova para professor que seria baseada em didática e acabaria incentivando a mudança nos cursos. "Hoje, 70% dos concursos públicos para admitir educadores são feito de questões jurídicas. Está mais para teste da OAB do que docência", comentava. Até o momento, no entanto, não há anúncio oficial da avaliação anunciada há dois anos.

Veja matéria na íntegra: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-04-23/professores-nao-sao-preparados-para-ensinar.html

DELEGADO REVOLTADO COM IMPUNIDADE SOLTA ¨VERBO¨


Delegado de Polícia Civil de Mato Grosso dá um depoimento indignado sobre o desfecho de uma operação policial em que menores infratores foram pegos com armas e drogas em grande quantidade. A Justiça determinou a liberação dos acusados em menos de 24 horas, alegando que "não havia motivos para recolher os menores infratores". Mais um absurdo típico do nosso sistema brasileiro.

terça-feira, 17 de abril de 2012

NOBREZA AFRICANA CONTRABANDEAVA ESCRAVOS PARA O BRASIL

Retrato realizado pelo pintor holandês Albert Eckhout de D.Miguel de Castro, nobre do Reino doKongo, durante uma viagem comercial à colônia portuguesa do Brasil. O quadro é doséculo 17 e pertence ao acervo do Museu Nacional da Dinamarca.

A informação é surpreendente. Praticamente inédita. Para os mais empedernidamentecrentes no primitivismo selvagem dos africanos nos idos do século 17, a notícia émesmo i-na-cre-di-tá-vel. Mas é fato. Modéstia à parte um achado historiográfico impressionante.Corro atrás de evidências sobre este mistério há muitos anos, depois de ter lido em algum lugar, num texto de Câmara Cascudo, se não me engano, uma informação muito vaga sobre uma mítica embaixada que a rainha Nzinga Mbandi (Jinga) teria enviado ao Brasil, á época do domínio holandês.

A ausência total de qualquer outra referencia sobre o assunto – apenas ventilado por Câmara Cascudo num daqueles seus livros de folclore, quase como se fosse uma lenda colonial – sempre me intrigou, apaixonou. Pensei na época, instigado: E se fosse verdade? Quantos paradigmas seriam quebrados acerca das relações entre africanos e europeus no âmbito das conflituosas relações intercontinentais no século 17? Pois bem amigos, eu,  pesquisador leigo, bisbilhoteiro profissional, consegui provar com dados absolutamente cabais e inquestionáveis o fato perseguido: Na década de 1640, em pleno domínio holandês no Brasil e em Angola, uma embaixada africana viajou até Recife sim. Veio comandada por um nobre africano e trouxe presentes (ouro, marfim, escravos, etc.) para o governador geral do Brasil holandês Maurício de Nassau.

Nem ouse duvidar.Tenho para comprovar a vocês esta sensacional descoberta nada mais nada menos que o retrato fiel do próprio embaixador angolano e de dois de seus servos com amostras de presentes trazidos para o dignatário holandês. É tudo verdade, gente! Está atestado! Mesmo que você relute e não queira, vai ter queacreditar.  Albert Eckhout juntamente com Franz Post, foi um artistas holandeses que, oficialmente fizeram parte ativa do grupo trazido por Maurício de Nassau no século 17, para fazer oregistro artístico e documental da ocupação holandesa no Brasil no período entre1640/1648). Na crônica sobre este período, chama a atenção a hipótese de ter havido uma grande viagem diplomática mandada ao Brasil, por iniciativa da Rainha Nzinga Mbandi doreino do Ndongo-Matamba a pedido de seu irmão o Rei do Kongo na época Nkanga a Lukeni (D. Garcia II) com o objetivo de negociar com a Companhia das Índias Orientaise Ocidentais.

A inusitada viagem ocorrida, segundo as poucas fontes existentes em fevereiro de 1642 (provavelmente a única integrada e comandada por africanos registrada na história do colonialismo no período)  foi bancada pela coroa holandesa que segundo pouquíssimos relatos, enviou especialmente da Europa um navio denominado ‘ As armas de Dortrecht’ até o porto de Luanda e daí até Recife para depois seguir para Amsterdam,tendo como chefe da missão aquele que seria o tio dos dois soberanos africanos, o Conde de Nsoyo.
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O reino do Nsoyo sempre fora associado ao do Kongo por laços de parentesco (geralmente governado por um tio do Rei do Kongo), com curtos períodos de cisão, por conta das regras de sucessão e divisão do poder e do território nos reinos da região, fundadas em laços de família (‘kandas’) com origens ancestrais remontando a fundação do reino hegemônico do Kongo por volta do ano 1300/1400). Considerando-se o curto espaço de oito anos que este tipo de flagrante contou para que pudesse ser realizado (o tempo em que os holandeses tiveram acesso e controle da situação nestas colônias é historicamente bem restrito) é instigante a possibilidade deste D. Miguel de Castro – que um documento da época o designa como ‘rico comerciante’ – cuidadosamente vestido como um nobre holandês, chefe reconhecido desta, com toda certeza, rara missão ao Brasil, tenha sido na verdade alguém ligado diretamente à Nzinga Mbandi , quem sabe o próprio Conde de Nsoyo, seu tio.Além deste existem outros retratos também realizados pelo mesmo Eckhout , por ocasião da mesma viagem, com as figuras descritas como sendo dois ‘servos’ de
 D.Miguel deCastro, do mesmo modo vestidos com roupas holandesas, um portando um cesto decorado que deve conter ouro e o outro com uma enorme peça de marfim.


século 17- Servos de D. Miguel de Castro pintados também por Albert Eckhout.

Curiosa também é a informação – algo improvável a nosso ver – pelo menos segundo uma das fontes consultadas – de que a roupa holandesa dos personagens teria sidovestida na ocasião (ou mesmo aplicada na imagem posteriormente) apenas para compor uma peça de propaganda, com finalidades aculturativas) Na pesquisa suplementar que ora realizo sobre os instigantes incidentes desta viagem – com a providencial ajuda do amigo angolano Aristóteles Kandimba, que reside,coincidentemente em  Amsterdam, Holanda a poucos minutos da cidade portuária de Dortrecht , origem provável do navio que transportou o embaixador africano, o mais surprendente é a quase total ausência de dados ou documentos sobre tão inusitado fato histórico além dos que eu mesmo consegui encontrar.


As razões inacreditáveis deste formidável incidente histórico ter ficado oculto eobscurecido, quase desconhecido por tantos séculos é quase inexplicável. No caso da historiografia brasileira, tão pouco ciosa – quase displicente – diante das estreitas relações entre a história angolana e a brasileira isto é até explicável, mas o que dizer da historiografia  mundial. Pode ser que existam, mas nem mesmo em John Tornthon, emérito e arguto historiador da universidade da Pensylvania especializado neste período histórico empolgante, encontrei notícias ou mesmo a mais vaga referência acerca deste fato, agora facilmente comprovado por meio da descoberta das telas de Eckhout 
Não consegui ainda relacionar o homem retratado por Albert Eckhout  com o mandatário do reino do Nsoyo (que, como já disse, os primeiros indícios dão conta de ser tio da rainha Nzinga). Contudo o fato deste homem ter sido identificado com um nome português – D.Miguel de Castro - prática comum apenas entre membros da aristocraciada região (reinos do Kongo, Matamba, Ndongo, Nsoyo, etc) na qual Nzinga Mbandi eraconhecida também como D.Ana De Souza e seu irmão Nkanga a Lukeni  como D.Garcia II , é evidente que algum título importante neste contexto o embaixador retratado por Eckhout possuía, nada impedindo que ele pudesse ser realmente o mandatário do Nsoyo.Falta também estabelecer, o que a informação inicial (da qual não possuo a fonte primária) não esclarece, se foi mesmo verdade que o navio
‘As Armas de Dortrecht’ seguiu para Amsterdam, para onde D.Miguel de Castro teria seguido afim de negociar interesses comerciais e militares da rainha Nzinga Mbandi e de seu irmão, Nkanga a Lukeni , com os – com certeza – acachapados executivos da Companhia das ÍndiasOcidentais.O que qualquer um de nós não daria para encontrar dados mais detalhados, um diário de bordo, uma notícia fortuita qualquer de negros africanos andando pelas ruas de Amsterdam do século 17, algo emocionante sobre esta insuperável aventura histórica, sem precedentes conhecidos?


Contudo, desmontando em parte este meu pessimismo investigativo, Rapahel Crespo, um amigo do facebook me escreve agora mesmo, num comentário surpreendente: Trata-se do retrato de um enviado do Rei do Congo, na categoria de embaixador, com a missão de rogar a Maurício de Nassau que interviesse no sentido de dirimir divergências que mantinha com o Régulo de Sonho, na embocadura do Congo". Enviaram para tanto o Rei do Congo, Garcia II (também referido como Garcia IV), e oSoba de Sonho, Daniel Silva, também chamado pitorescamente Conde de Sonho, aproximadamente na mesma época, seus delegados com presentes e mensagens quer  para Nassau, quer para o Príncipe de Orange, quer para a direção da Companhia das Índias. Há citações de que trouxeram os emissários do Rei um presente de 600 escravos, sendo uma terça parte para o Príncipe, outra para o Conde de Nassau e uma terceira parte para a Compania das Índias. Os emissários do Régulo de Sonho, chegados ao Recife em dezembro de 1642, eram três, e seus nomes ficaram registrados: Miguel de Castro, Bastião Manduba e Antônio Fernandes cada qual com um criado.

Trouxeram de presente seis escravos. Dos três, o primeiro seguiu para Holanda e osoutros regressaram à África, em maio de 1643. Quanto aos enviados do Rei não hárelatos que tenham ido à Holanda. Sobre sua chegada ao Recife existe referência àdata de 12 de Maio de 1643 – (“Albert Eckhout – Pintor de Maurício de Nassau no Brasil 1637/1644″ – Clarival do PradoValladares – Livroarte Editora)
E isto sem falar que esta época é exatamente o período onde floresce o Kilombo de Palmares
no mesmo Recife onde esta inusitada embaixada africana aportou. Conterrâneos já se sabe, mas haveriam parentes do embaixador D. Miguel de Castro emPalmares? Sabe-se já com alguma certeza que os escravos de Palmares em sua maiorianão eram escravos comuns, mas prisioneiros de guerra, alguns até aristocratas como presumo que fossem as famílias e a dinastia de líderes denominados todos – como Nkanga a Lukeni de … ‘Nkanga a Nzumbi’ 
.E imaginem o meu prazer, quase infantil em ter podido comprovar, pelo menos parcialmente esta história eletrizante que tão pouca gente tinha ouvido falar? Orgulhoso que estou – com toda razão, convenhamos – como
detetive precursor, só espero que os historiadores profissionais ou amadores que vão a partir de agora seguir as pistas deste furo de reportagem histórico (na acepção da palavra) não se esqueçam de citar as fontes que os precederam (
Roberto Correia, o historiador português que citouem seu blog a viagem e o nome do navio, o pintor Albert Eckhout que retratou oembaixador com seus ‘servos’ e principalmente eu Spírito Santo que futriqueiro de nascença que sou segui as duas pistas até conseguir estabelecer os incríveis vínculos entre as duas informações a ponto de comprová-las (sem esquecer do velho folclorista Câmara Cascudo, é claro, o primeiro a levantar esta lebre da
 Rainha Jinga, pelo menos para mim… e ao moço Raphael Crespo que tantos detalhes mais acrescentou a esta formidável história).

Spírito Santo
Abril 2011

PAIS E ESTUDANTES ACUSAM ESCOLA MAIS BEM AVALIADA EM SP DE FRAUDE

PORTAL IG - Alunos da escola estadual com índice 9,3 - em escala de 0 a 10 - relatam que tiveram ajuda de professoras na prova.- A nota da escola estadual Reverendo Augusto da Silva Dourado no Idesp, índice de qualidade da rede de ensino paulista, impressiona: 9,3 em uma escala de 0 a 10. O desempenho da unidade localizada em um pequeno distrito de Sorocaba ultrapassa o dobro da média das turmas do 5º ano do ensino fundamental de São Paulo, 4,24. Uma simples visita à vizinhança, no entanto, foi suficiente para o iG descobrir algo errado nessa conta. Quatro dos vinte e sete estudantes que fizeram o Saresp, prova de português e matemática que compõe o Idesp, relataram que tiveram ajuda dos professores durante a avaliação - docentes que têm o bônus condicionado ao Idesp da escola.
“Quando a resposta estava errada, a professora mostrava o erro. Às vezes ela dava a resposta, ou falava para a gente reler o texto com mais atenção”, relata H.L.S.S., de 10 anos, que se formou na escola no ano passado e fez parte da turma bem avaliada no Saresp. De acordo com o boletim da escola, todos os estudantes tiraram a nota máxima em matemática e 81% tiveram desempenho avançado em português.
Alessandra Vidal da Silva, de 32 anos, mãe de Sabrina, de 12 anos, formada em 2011, diz que estudantes que faltaram no dia de aplicação do Saresp tiveram a prova feita por professores. “Minha filha teve bastante dificuldade na escola nova (6º ano do ensino fundamental) e até faz reforço. Se o ensino fosse bom, ela não precisaria disso, né?”, questiona a dona de casa. Colegas de Sabrina na turma de 2011 confirmam as suspeitas de fraude. “Tinha algumas perguntas que eu não sabia responder, mas a professora confirmou”, conta L.A.S.R, de 12 anos. L.H.S. de 13 anos, que repetiu dois anos, diz que as dúvidas dos alunos eram respondidas durante a prova.
Cercada por ruas de terra e casas de madeira e alvenaria, a escola estadual Reverendo Augusto da Silva Dourado está localizada em um distrito industrial de Sorocaba, cidade a 100 km de São Paulo. Com cerca de 70 alunos e apenas as cinco primeiras séries do ensino fundamental, lembra a realidade de outras escolas campeãs no Saresp: poucos alunos por sala de aula (média de 14) e proximidade com os pais de alunos. Em 2010, a escola teve Idesp 6,07. No ano seguinte, saltou para o topo – a segunda maior nota obtida foi 8,95, em Araras, e a primeira da capital 7,43. Já no Índice Nacional da Educação Básica, do Ministério da Educação, seu desempenho ficou abaixo da média estadual e do município, em 4,5.
Grande parte dos alunos é moradora do Jardim Iporanga 2, uma área ocupada vizinha à escola que está em processo de legalização com a prefeitura. Na comunidade, todos comentam sobre a ajuda extra que os estudantes supostamente tiveram no Saresp. “As crianças chegaram falando que a professora deu um monte de respostas. Teve um que só escreveu o nome e ela fez a prova”, conta Josilene Neide dos Santos, de 24 anos, mãe de uma aluna da educação infantil, que funciona no mesmo prédio da Reverendo Augusto da Silva Dourado.
Secretaria diz que pedirá esclarecimentos à Fundação Vunesp
A Secretaria de Educação de São Paulo, avisada pelo iG dos depoimentos, afirma que a denúncia não procede, pois, de acordo com seus registros, professores de outras escolas aplicaram o Saresp na Reverendo Augusto da Silva Dourado. Apesar das denúncias dos estudantes e dos pais, a pasta não abrirá sindicância agora porque disse que vai pedir, primeiramente, esclarecimentos à Fundação Vunesp.
Ainda de acordo com a Secretaria, “para a realização da avaliação é contratada uma empresa terceirizada que elabora e fiscaliza a realização do exame, com fiscais presentes em sala de aula. Além disso, dois pais voluntários participaram da fiscalização, circulando pela unidade, e não relataram nenhuma irregularidade”.
Veja a nota da Secretaria na íntegra:
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo esclarece que não instaurou apuração preliminar para averiguar a veracidade das denúncias apresentadas pela reportagem, pois de imediato solicitará à Fundação Vunesp, responsável pela aplicação do Saresp, um relatório sobre as circunstâncias da prova realizada na Escola Estadual Reverendo Augusto da Silva Dourado, em Sorocaba. Com base nos esclarecimentos prestados, a Pasta decidirá quais providências serão tomadas. De antemão, cabe elucidar, no entanto, que o exame não foi aplicado por professoras da própria escola, como questionou o portal, mas sim por um docente de outra unidade.
A Secretaria ressalta ainda que, para garantir a idoneidade do Saresp, as provas do 5º ano são aplicadas por professores de turmas ou escolas diferentes. Para a realização da avaliação é contratada uma empresa terceirizada que elabora e fiscaliza a realização do exame, com fiscais presentes em sala de aula. Além disso, dois pais voluntários participaram da fiscalização, circulando pela referida unidade de ensino, e não relataram nenhuma irregularidade.
* Atualizada às 23:06 de 2/4/2012, com a íntegra de nova nota da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informando que solicitará um relatório à Fundação Vunesp
Fraudes no Idesp e silêncio ensurdecedor da TV Globo e do Fantástico.
É curioso notar que a TV Globo e o seus programas jornalísticos não estejam preocupados em divulgar os resultados das escolinhas públicas estaduais de SP no Saresp-2011 (custou R$ 42.303.000,00) e o IDESP-2011, que vai distribuir R$ 538,5 milhões em bônus a funcionários, professores e direção das escolas que melhoraram o desempenho em relação ao ano de 2010…
Por que será que o telejornal SPTV não mandou seu jornalista fanfarrão entrevistar a diretora Vicentina de Jesus, da escolinha “1º de Abril” Reverendo Augusto da Silva Dourado (Sorocaba-SP)? Nesta escolinha aconteceu um “milagre”: todos os 27 alunos do 5º ano do ensino fundamental tiraram nota 10 na prova de matemática!!! E a escolinha ficou em primeiro lugar entre todas as escolas públicas estaduais do rico Estado de São Paulo!!!
O portal IG publicou, já no dia 2 de abril, que a escolinha fraudou as notas dos alunos: Pais e estudantes acusam escola mais bem avaliada de SP de fraude;
Nos anos anteriores a TV Globo e o programa Fantástico promoveram “reality show” em alguma escolinha pública.
Em 2010 a TV Globo e o programa Fantástico mostraram uma escola onde a professorinha-santa xingava seus alunos de “praguinhas”… veja o vídeo aqui.
Em 2011 a TV Globo e o programa Fantástico mostraram uma professorinha-linha-dura que deu nota-zero para 2 alunos que foram pegos “colando” na prova… a diretora da escolinha disse que isso era crime… veja o vídeo aqui.
Sendo assim, por que a poderosa TV Globo e os seus programas jornalísticos não estão divulgando as fraudes denunciadas na escolinha “1º de Abril” Reverendo Augusto da Silva Dourado (Sorocaba-SP)? Quem é que a TV Globo está protegendo? As professorinhas? A diretora? O secretário de Educação de SP? Ou o governador Geraldo Alckmin?
Ou será que a poderosa TV Globo acredita em milagres? A escolinha “1º de Abril” Reverendo Augusto da Silva Dourado (Sorocaba-SP) foi da nota 2,13 (2009) para nota 10 (2011) em matemática!!! Se não houve fraudes, a diretora da escola deve ser matéria de um especial do Globo Repórter e ter o seu nome indicado para o Prêmio Nobel de Matemática…
São Paulo, 09 de abril de 2011.
Mauro Alves da Silva
http://movimentocoep.ning.com/
***
Secretaria de Educação de SP informa:
Notas da escola estadual EE Reverendo Augusto da Silva Dourado (Sorocaba-SP)
– 27 alunos tiraram nota 10 em matemática em 2011;
– A média em Língua Portuguesa foi 9,13 em 2011;
– Saresp 2007: nota 2,69 em matemática;
– Saresp 2008: nota 2,38 em matemática;
– Saresp 2009: nota 2,13 em matemática;
– Saresp 2010: nota 6,94 em matemática;
– Saresp 2011: nota 10,00 em matemática;

quinta-feira, 12 de abril de 2012

TOM E JERRY NÃO ERAM GATO E RATO



Este desenho produzido na década de 1930 revela dois personagens chamados "TOM" e "JERRY", curiosamente, os nomes da dupla (gato e rato) mais famosa dos desenhos animados, porém lançados somente em 1939 e ao longo da década de 1940 até a atualidade. Uma relíquia garimpada na net por Fernando Nascimento.

PAPA PIO XII E OS JUDEUS NA II GUERRA MUNDIAL

A REDE GLOBO E AS MENTIRAS SOBRE OS DOCUMENTOS "SECRETOS" DO VATICANO



                                    

A mal intencionada jornalista Ilse Scamparine, da Rede Globo, em pleno sábado de Aleluia, (e só porque era dia memorável católico, pois assim manda a praxe dos hereges), no Jornal Nacional do dia 7/4/2012, resolveu mais uma vez com suas desinformações, agredir a Igreja Católica num dia santo, isso direto de Roma, valendo-se das desonestas mentiras estratégicas protestantes (lendas negras), que tanto apregoa vez por outra vendendo-as como “informação”.

A jornalista apresentava a exposição "Lux in arcana" que reúne documentos valiosos da Igreja, que está acontecendo nos museus do Capitólio, em Roma, como sendo uma “exposição de documentos secretos do Vaticano”, e caluniando a rodo, pronunciava uma mentira protestante e anti-histórica para cada documento que apresentava sem os ter lido.

A exposição "Lux in arcana" de antigos documentos valiosos da Igreja, está em cartaz desde 29 de fevereiro e vai até 9 de setembro, mas a desonesta e espírita Rede Globo escolheu coincidentemente o sábado de Aleluia, para com suas distorções criminosas vender mais uma vez a Igreja como vilã, usando a desonestidade da senhora Ilze Scamparini.

Eis o trecho do Jornal Nacional onde a Globo caluniava sobre os documentos:



Cassiodoro Reina
1- O processo de Galileu - A jornalista afirmava em forçado tom melancólico, que Galileu (trêmulo) foi condenado por sustentar que a terra era o centro do universo. Para isso a jornalista foi astuta o bastante ao tirar proveito da decoração ambiental do museu, que simbolizava o fogo luz da era medieval (era dos documentos), para fazer uso maldoso das chamas associando-as à inquisição das anti-católicas lendas negras protestantes. Ela caluniou que “muitos” morreram na fogueira, mas não citou nome algum e ainda culpou o Tribunal católico por isso. – Uma mentira vergonhosa, forjada pelo protestante Casidoro Reina que se escondia atrás do pseudônimo de “Montanus”!

Erroneamente ou por má fé, muitos que se aventuram a falar sobre o modo de justiça dos tempos medievais, atribuem as sentenças de morte simplesmente à “Inquisição”, contabilizando isto à Igreja Católica, o que é uma injustiça. Na verdade existiam três Tribunais distintos: 1- o Tribunal civil dos reis (que matava na fogueira e queimou os Templários e muitas bruxas); 2- o Tribunal protestante dos protestantes que usurparam países católicos (que matava na fogueira e queimou Miguel Servet e 20 mil bruxas só na confissão de Benedict Carpzov); 3- e o Tribunal católico (que era o mais indulgente e possuía proibição papal de se atentar contra a saúde ou vida do acusado. Daí Galileu, Casanova, Lutero, Casidoro Reina e muitos outros terem morrido na velhice de causas naturais, pois as sentenças do Tribunal católico eram a absolvição, ou a excomunhão, e estava limitado a julgar apenas católicos, e somente católicos, que promoviam heresia contra a fé).

Geralmente omitem essas regras do Tribunal católico, e também que a Igreja proibiu o livro proposto que recomendava torturas aos acusados, ou mesmo que foi a Igreja Católica que contribuiu decisivamente para o fim das mortes em outros tribunais. 

A Verdade: Galileu foi processado em 1633 por ter violado uma disposição que lhe foi feita em 1616. A disposição de 1616, que Galileu não cumpriu, proibia-o de ensinar o heliocentrismo, que foi descoberto décadas antes pelo padre Copérnico e financiado pelo Papa Paulo III, e que ainda não havia sido confirmado unanimemente pela ciência. Sem uma física como a de Newton, sem uma prova ótica como o movimento da terra, a coisa não se podia explicar. O próprio Galileu diante de outros cientistas em seu julgamento não foi capaz de provar cientificamente o heliocentrismo, ou seja, a teoria que dizia que o sol está no centro e a terra se move ao redor dele. Só mais tarde com novos instrumentos e estudos isso pode ser provado. Não só isto, Galileu havia conseguido fraudulentamente o imprimatur, enganou a quem o concedeu dizendo que era uma exposição imparcial, mas não era nada imparcial. Por este motivo foi acusado e, portanto, submetido a processos, ou seja, submetido a um processo disciplinar.

Outro aspecto importante a levar em conta é que, ainda que as críticas de Galileu à posição tradicional estavam fundamentadas, nem ele nem ninguém possuíam naquele tempo argumentos para demonstrar que a Terra se move ao redor do Sol. Galileu tentou prová-lo citando o movimento das marés, desde então, como sabemos, o argumento das marés estava errado. Só para bem situar as pessoas, antes disso tudo Galileu havia “provado” matematicamente a existência do fictício inferno de Dante Alighieri. (1)

Galileu nunca foi condenado como herege, nem tampouco o heliocentrismo foi declarado como herético. Foi-lhe imposta uma penitência saudável, que consistia em prisão domiciliar, onde trabalhava normalmente, e recitar uma vez na semana os sete salmos penitenciais. Sua filha se ofereceu para fazê-lo no lugar dele. Não esteve na prisão nem um só momento, em atenção à sua fama, à sua idade e à consideração que tinha; foi tratado sempre com grande admiração.

Ao contrário do que a velhaca jornalista tenta passar, Galileu amava a Igreja, e diz, exagerando (Galileu) como faz sempre, em uma carta a um nobre francês: “Outros podem ter falado mais piamente e mais doutamente, mas nenhum mais cheio de zelo pela honra e a reputação da Santa Mãe Igreja do que escrevi eu”. É exagerado, mas, em todo caso, demonstra que é verdade. Como dizia João Paulo II, a verdade histórica dos fatos está muito longe da imagem que se criou posteriormente em torno de Galileu.
Galileu morreu na velhice, e sempre foi católico até o último dia de sua vida, e repousa até hoje dentro de uma Igreja católica.

A maior injustiça neste caso é os caluniadores sempre omitirem que foi o padre Copérnico, o verdadeiro descobridor do heliocentrismo, décadas antes de Galileu o defender cegamente. Por mais que a atitude dos que condenaram Galileu pareça exagerada, na realidade responde a uma lógica. (2)


Max Planck
Hoje sabemos que a Igreja fez muito bem, defendendo prudentemente as Escrituras quando Galileu a questionou. As Escrituras afirmam que “o sol se deteve ... quase um dia inteiro” (Josué 10,13), demonstrando um excepcional milagre divino, onde quase não houve noite no fim do dia. Não há contradição aí, a menos que alguém queira discutir com Max Planck e Albert Einstein (da Teoria da Relatividade):

"Se tomarmos, por exemplo, um sistema de referências fixamente ligado com a nossa Terra, teremos de afirmar que o Sol se move no céu; se, inversamente, deslocarmos o sistema de referência para uma estrela fixa, o Sol encontra-se em repouso. Na oposição entre estas duas formulações não existe contradição nem obscuridade: trata-se somente de duas maneiras diferentes de considerar as coisas. Segundo a teoria física da relatividade, que atualmente pode ser considerada como aquisição científica assegurada, ambos os sistemas de referência e os modos de consideração que lhes correspondem são igualmente corretos e igualmente justificados, e é fundamentalmente impossível, sem arbitrariedade, decidir entre eles através de quaisquer medições ou cálculos".(Max Planck, in Vorträge und Erinnerungen, Stuttgart, 1949, p. 311).

Isto claramente prova que a Igreja, não estava “errada”, como pregam certos indoutos linguareiros, para rapinar na ignorância. Além do que no texto da sentença a Galileu não aparece em nenhum momento citado o Papa; portanto, esse documento não pode ser considerado como um ato de magistério pontifício, e menos ainda como um ato de magistério infalível nem definitivo. (3)


2- A confissão dos Templários - A jornalista afirma que um pergaminho de 60 metros contém o processo contra a Ordem dos Templários da França, acusada de heresia pelo Papa Clemente V. - Uma mentira vergonhosa!

A Verdade: o pergaminho não contém nenhuma acusação ou condenação do Papa aos Templários, mas a confissão dos templários diante de três cardeais enviados pelo Papa ao castelo de Chinon. Quem condenou os templários e os sacrificou na fogueira foram os corruptos reis da época, valendo-se de falsas acusações e torturas, para se apoderarem dos bens da Ordem.

A publicação desse documento caluniado pela jornalista, dissipa e deixa claro todas as dúvidas que por interesse se verteram durante esses séculos sobre a Ordem do Templo e que tanto dano causaram à imagem da Ordem, deixando claro que:

1. O Papa Clemente V nunca esteve convencido da culpabilidade da Ordem do Templo.

2. A Ordem do Templo, seu Grão Mestre Jacques de Molay e os demais templários presos, muitos deles justiçados posteriormente, foram absolvidos pelo Santo Padre.

3. O Templo nunca foi dissolvido, senão suspenso.

4. O Papa Clemente V nunca acreditou nas acusações de heresia e por isso permitiu aos templários justiçados receber os Santos Sacramentos.

5. Clemente V nega as acusações de traição, heresia e sodomia pelas quais o Rei da França acusou o Templo.

6. O processo e martírio de templários foi um “sacrifício” para evitar um cisma na Igreja Católica, que não compartilhava em sua grande maioria das acusações do Rei da França, e muito especialmente da Igreja francesa.

7. As acusações foram falsas e as confissões conseguidas sob torturas.



3- O Papa Pio XII - Em tom pilhérico, a aleivosa jornalista afirma que na exposição não há nada sobre o Papa Pio XII, segundo ela “acusado de se omitir diante da matança de judeus pelos nazistas.” - Uma mentira vergonhosa!

A verdade: Há sim, muito na exposição que contradiz a jornalista , sobre a inocência e bravura do Papa Pio XII. A jornalista apenas omitiu e preferiu fazer eco a uma caduca difamação maquinada e já refutada pelo jornalista Olavo de Carvalho, que começou com a caluniosa peça teatral “O Vigário”(1963), do protestante Rolf Hochhuth, e culminou no fantasioso livro do desonesto John Cornwell, “O Papa de Hitler” (1999), sendo de cabo a rabo essa farsa, uma criação da KGB.


Confira tudo aqui: http://www.olavodecarvalho.org/semana/070201jb.html

O Papa jamais silenciou diante do massacre dos judeus. Repetem essa mentira para vê-la tornar-se verdade. Os meios de comunicação da época são testemunhas letais contra os caluniadores.

Veja os Editoriais do New York Times nos anos da guerra sobre Pio XII:
“A voz de Pio XII é uma voz solitária no silêncio e na escuridão envolvendo a Europa neste Natal. O Papa reitera o que antes já havia dito. De modo geral, ele repete, ainda que mais claramente, o plano de cinco diretrizes que ele primeiro enunciara em sua mensagem de Natal no início da guerra, em 1939. (...)”


Manchester Guardian elogia o Vaticano: "o mais
enérgico defensor  da Polônia torturada".
 
Em janeiro de 1940, por exemplo, o Papa deu instruções à Rádio Vaticana de que revelasse as "horríveis crueldades da selvagem tirania" que os nazistas estavam infligindo aos judeus e aos católicos poloneses. Dando notícia da transmissão uma semana depois, o Defensor Público dos judeus de Boston reconheceu-a por aquilo que era: "Uma denúncia explícita das atrocidades perpetradas pelos alemães na Polônia ocupada pelos nazistas, declarando abertamente que são uma afronta à consciência moral de toda a humanidade".


O New York Times escreveu em seu editorial: "Hoje o Vaticano falou, com uma autoridade que não pode ser posta em discussão, e confirmou os piores presságios de terror que emergem das trevas da Polônia". Na Inglaterra, o Manchester Guardian elogiou o o mais enérgico defensor da Polônia torturada".


http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/opapajusto.html

Ao contrário do que afirmava a omissa e desonesta jornalista, ao dizer que não havia nada ali sobre o Papa Pio XII, há sim documentos que defendem a atitude do papa Pio XII, entre eles, está um relatório do núncio Francesco Borgongini-Duca que visitou sete campos de concentração na Itália, em 1941, e uma carta de agradecimentos de pessoas detidas nos campos, endereçada ao papa.

Filmes revelam ajuda de Pio XII aos judeus na SGM. - Foram descobertos filmes que mostram a enorme atividade de ajuda que o Papa Pio XII desenvolveu durante a Segunda Guerra Mundial a favor de todas as vítimas, independentemente de sua religião.

http://www.2guerra.com.br/novosite/index.php?option=com_content&view=article&id=738:filmes-revelam-ajuda-de-pio-xii-aos-judeus-na-sgm&catid=94:artigos&Itemid=32






4- A Carta indígena - A desonesta e omissa jornalista mostrou uma carta indígena escrita em 1887, “feita com o tronco de uma árvore” e enviada ao Papa Leão XIII, mas “inteligentemente” omitiu que o chefe da tribo indígena Ojibwa na carta, chama Leão XIII de "grande mestre das preces que cumpre as funções de Jesus".

Por que será que a jornalista fez questão de comentar caluniando o conteúdo dos outros documentos e omitiu o conteúdo desta carta? Certamente faltou uma lenda negra protestante para este caso.

O povo católicos não merece o mau-caratismo da espírita Rede Globo, nem a má fé e falta de profissionalismo da senhora Ilze Scanparini, em Roma, num sábado de Aleluia.
Por: FERNANDO NASCIMENTO (colaborador)
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Matéria extraída do blog MENTIRAS EVANGÉLICAS E OUTRAS: http://mentiras-evanglicas-e-outras.blogspot.com.br/2012/04/rede-globo-e-as-mentiras-sobre-os.html

O DESPERDÍCIO DO DINHEIRO PÚBLICO E A CONIVÊNCIA DA POPULAÇÃO


           Segundo a Constituição Federal, vivemos em “um Estado democrático de Direito”, ou seja, o regime político vigente é a Democracia (forma de governo em que prevalece a vontade da maioria do povo), mas o que ocorre de fato é que não sabemos fazer valer nossa vontade quando se trata de atitudes antiéticas dos nossos representantes, seja no âmbito municipal, estadual ou federal.
          Todo trabalhador sabe o peso da carga tributária cobrada no Brasil e o valor inversamente proporcional no retorno deste desconto em benefícios como saneamento, moradia, estradas, unidades de saúde e demais serviços essenciais. O que muita gente não observa é o desperdício de dinheiro do contribuinte com anúncios publicitários sem sentido, praticado pelos nossos governantes.
          De acordo com o mercado publicitário, um anúncio na TV em horário nobre – das 20:00h às 22:00h - cobrado pela emissora líder de audiência varia entre R$ 150.000,00 e R$ 300.000,00 referentes a 30 segundos! Então assistimos comerciais da Petrobrás, a empresa estatal que detém o privilégio exclusivo de distribuir combustíveis para todos os estados da federação. Se ela tem exclusividade, qual o sentido de um anúncio comercial tão dispendioso?
          Mas a Petrobrás não é a única nesta mordomia custeada pelo contribuinte. Basta lembrarmos os comerciais da ECT, também chamada Correios. Não existe outra empresa responsável por entrega de correspondências operando no Brasil, principalmente porque a Constituição não permite. Contudo, propagandas dos serviços dos Correios também são veiculados na TV e demais mídias. Enquanto isso, faltam médicos nos hospitais, leitos, equipamentos, as escolas são mau aparelhadas, as estradas continuam esburacadas e o número de favelas aumenta.
          Outro exemplo de desperdício do nosso dinheiro são as propagandas de prefeituras e governos estaduais para divulgar as suas obras, como saneamento de ruas, construção de creches, escolas e conjuntos habitacionais, reformas em praças e monumentos, ou seja, eles fazem questão de anunciar SUAS OBRIGAÇÕES COMO REPRESENTANTES ELEITOS.
          O ex-presidente Lula disse que os recursos para as obras dos estádios empenhados na Copa do Mundo de 2014 seriam de responsabilidade do setor privado, mas agora estão sendo utilizados recursos do FGTS, o Fundo de Garantia do trabalhador brasileiro, sem que ninguém proteste. Aliás, protestar pelos seus direitos não é uma característica forte do nosso povo. Em 2010 ouve uma mobilização através das redes sociais para promoção de uma Marcha Contra a Corrupção, que deveria reunir um grande número de manifestantes em frente ao Congresso.
          O resultado foi a concentração insignificante de vinte e dois mil cidadãos empunhando faixas de repúdio à corrupção, um motivo de piada. Em contrapartida, manifestações fúteis como a Parada Pelo Orgulho Gay, um evento anual, leva mais de dois milhões de manifestantes às ruas. Enquanto não aprendermos a lutar por causas mais sérias, os maus políticos continuarão a fazer farra com nosso suado dinheiro.  


sexta-feira, 6 de abril de 2012

A INQUISIÇÃO PROTESTANTE

Autor: Fernando Nascimento

Introdução

O artigo que segue, revela em rica bibliografia, os números de mortos, e requintes de crueldade dos incomparáveis tribunais eclesiásticos protestantes. E deixará claro que as levianas acusações protestantes contra a Igreja Católica sorrateiramente mudaram a palavra “inquisição”, que quer dizer apenas: “sindicância”, “investigação”, em sinônimo de “matança de pessoas”. Ainda hoje, esse erro circula no meio protestante. Tal quimera caiu por terra, quando o renomado historiador Agostino Borromeo, após demorado estudo sobre a inquisição, concluiu que não chegaram a cem, o número de mortes, cometidas por católicos que em desobediência ao Papa, empregaram pena de morte contra os inquiridos.
Agostino Borromeo

Antes, abramos um parêntese, para de fato mostrarmos conforme os historiadores, que muita calúnia se lançou contra a Igreja Católica, no que concerne a falsa acusação de matança de “centenas”, “milhares” e até “milhões” de pessoas. Pura lenda, que na verdade não passava de mentira estratégica protestante, fomentada por anticatólicos como: Russel Hope Robbins, o apostata Doelling, Jules Baissac, Jean Français e Reinach.

Rui Barbosa

O próprio Rui Barbosa quando principiante inexperiente, traduziu “O Papa e o Concílio” uma obra de um deles, do Doelling, e se arrependeu mais tarde, proibindo no prefácio a publicação da mesma, pelas calúnias apaixonadas. Dizia mais tarde Rui Barbosa, quando maduro e experiente: “Estudei todas as religiões do mundo e cheguei a seguinte conclusão: religião ou a Católica ou nenhuma.” (Livro Oriente, Carlos Mariano de M. Santos (1998-2004) artigo 5º).

Publicou a Agência européia de notícias Zenit: [CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 16 de junho de 2004 (ZENIT.org).- Atualmente, os pesquisadores têm os elementos necessários para fazer uma história da Inquisição sem cair em preconceitos negativos ou na apologética propagandista, afirma o coordenador do livro «Atas do Simpósio Internacional “A Inquisição”». No volume, Agostino Borromeo, historiador, recolhe as palestras do congresso que reuniu ao final de outubro de 1998, no Vaticano, historiadores universalmente reconhecidos especializados nestes tribunais eclesiásticos.

«Hoje em dia --afirmou essa terça-feira, em uma coletiva de imprensa de apresentação do livro, o professor da Universidade «La Sapienza» de Roma-- os historiadores já não utilizam o tema da Inquisição como instrumento para defender ou atacar a Igreja». Diferentemente do que antes sucedia, acrescentou o presidente do Instituto Italiano de Estudos Ibéricos, «o debate se encaminhou para o ambiente histórico, com estatísticas sérias».

O especialista constatou que, à «lenda negra» criada contra a Inquisição em países protestantes, opôs uma apologética católica propagandista que, em nenhum dos casos, ajudava a conseguir uma visão objetiva. Isto se deve, entre outras coisas --indicou--, ao «grande passo adiante» dado pela abertura dos arquivos secretos da Congregação para a Doutrina da Fé (antigo Santo Ofício), ordenada por João Paulo II em 1998, onde se encontra uma base documental amplíssima. Borromeu ilustrou alguns dos dados possibilitados pelas «Atas do Simpósio Internacional “A Inquisição”».

Revela o historiador sobre os processos e condenação referentes ao tribunal católico: “dos 125.000 processos de sua história, a Inquisição espanhola condenou à morte 59 «bruxas». Na Itália, acrescentou, foram 36 e em Portugal 4. Se somarmos estes dados --comentou o historiador-- não se chega nem sequer a cem casos...” A Inquisição na Espanha, afirmou o historiador, em referência ao tribunal mais conhecido, celebrou entre 1540 e 1700, 44.674 julgamentos. Os acusados condenados à morte foram 1,8% e, destes, 1,7% foi condenado em «contumácia», ou seja, pessoas de paradeiro desconhecido ou que em seu lugar se queimavam ou enforcavam bonecos].(1) Até aqui a notícia de ZENIT.org.

Henry Charles Léa

Outro historiador, o protestante, Henry Charles Léa, cita 47 bulas, nas quais a Santa Sé continuamente insiste na jurisprudência que deve se observar nos tribunais eclesiásticos católicos. Alertam para não cair na violência e injustiças freqüentes dos juizes leigos. Basta folhear a monumental obra do próprio Léa, para convencer-se que na realidade as bruxas foram perseguidas e condenadas mais pelos detentores do poder civil e pelos protestantes do que pelo tribunal católico. (2)


Daniel Roups

Também o historiador Daniel Roups, é categórico nos seus registros: ”Foram numerosos os cânones dos concílios que, excomungando os hereges e proibindo os cristãos de lhes darem asilo, não admitiam que se utilizassem contra eles a pena de morte. Deviam bastar as penas espirituais ou, quando muito, as penas temporais moderadas”. (3) 
João Paulo II enviou uma mensagem com motivo da apresentação das «Atas» do Simpósio Internacional sobre a Inquisição, na qual sublinha a necessidade de que a Igreja peça perdão pelos pecados cometidos por seus filhos através da história. Ao mesmo tempo, declarava, «antes de pedir perdão é necessário conhecer exatamente os fatos e reconhecer as carências ante as exigências cristãs».

Pelos filhos da Igreja Católica, que em desobediência cometeram alguns crimes, o Papa João Paulo II pediu perdão. Mas, quando o protestantismo parará de deturpar, omitir e caluniar, reconhecendo finalmente os extermínios que cometeu e atribui maldosamente aos católicos? Fecha parêntese.

VEJAMOS ENTÃO, A VERDADE DOCUMENTAL, E A CRUELDADE SEM PRECEDENTES DOS TRIBUNAIS PROTESTANTES.

A quantidade de registros literários dos próprios protestantes é vasta, porém, estranhamente ocultada pelos livros escolares, pela imprensa e mídia em geral. Muitas vezes vemos o que é omitido pelo lado protestante sendo por esses veículos, atribuídos maldosamente à Igreja Católica. - O próprio Lutero nos legou o relato dessa prática, anos antes de lançar-se em revolta aberta, dizia: “(...) os hereges não são bem acolhidos se não pintam a Igreja como má, falsa e mentirosa. Só eles querem passar por bons: a Igreja há de figurar como ruim em tudo.” (Franca, Leonel, S.J. A Igreja, a reforma e a civilização, Ed. Agir, 1952, 6ª ed. Pág. 200).

Uma vez no protestantismo, já ensinava Lutero aos protestantes: "Que mal pode causar se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da igreja (luterana)."
(Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960- pág 522).
Logo a mentira, a omissão e o falso testemunho se tornaram a coluna da doutrina dos pseudos “reformadores” protestantes. A crueldade foi especialmente severa na Alemanha protestante. As posições de Lutero, contra os anabatistas, causaram a morte de pelo menos 30.000 camponeses. (4)

Calvino                                     Miguel Servet

Calvino, pai dos presbiterianos, mandou queimar o espanhol Miguel Servet Grizar, médico descobridor da circulação sanguínea. Acusado de heresia, Servet foi preso e julgado em Lyon, na França. Conseguiu evadir-se da prisão e quando se dirigia para a Itália, através da Suíça, foi novamente preso em Genebra, julgado e condenado a morrer na fogueira, por decisão de um tribunal eclesiástico sob direção do próprio Calvino. A sentença foi cumprida em Champel, nas proximidades de Genebra, no dia 27 de outubro de 1553. Puseram-lhe na cabeça uma coroa de juncos impregnada de enxofre e foi queimado vivo em fogo lento com requintes de sadismo e crueldade. (5)

Benedict Carpzov

O luterano Benedict Carpzov, foi legista brilhante e figura esclarecida, até hoje ocupando lugar destacado na história do Direito Penal. Mas perdia a compostura contra a bruxaria, que considerava merecedora de torturas três vezes intensificadas com respeito a outros crimes, e cinco vezes punível com pena de morte. Protestante fanático, afirmava, quando velho, ter lido a Bíblia inteira 53 vezes. Assinou sentença de morte contra 20.000 bruxas, apoiando-se principalmente na "Lei" do Antigo Testamento. Não compreendendo o verdadeiro significado da Bíblia, considerava o Pentateuco como lei promulgada pelo próprio Deus, Supremo Legislador. Carpzov, para condenar a morte, usava (Lv 19,31; 20,6.27; Dt 12,1-5), citava de preferência o Êxodo (22,18); "Não deixarás viver a feiticeira". (6)


Outro famoso perseguidor de bruxas na Alemanha, foi Nicholas Romy, considerado grande especialista e que escreveu um longo tratado sobre bruxaria, teve sobre sua consciência a morte de 900 pessoas. (7) Já Froehligh, reitor da Universidade de Innsbruck e catedrático de Direito, que chegou a ser chanceler da Alta Áustria, insistia em que não só as supostas bruxas fossem condenadas, senão também seus filhos! E não se precisava muito para ser considerada bruxa, pois o seria qualquer pessoa que não tivesse um olhar franco.(8)

Hermann Loher

Naquele ambiente de superstição, crueldade e pânico perante as bruxas, foi possível o aparecimento de um Franz Buirmann, pervertido magistrado protestante e degenerado inimigo da bruxaria. Era um juiz itinerante. Referindo-se a ele dizia seu contemporâneo Hermann Loher: "Preferiria mil vezes ser julgado por animais selvagens, cair numa fossa cheia de leões, de lobos e ursos, do que cair em suas mãos".

Deste impiedoso juiz se afirma que somente em duas incursões que realizou por pequeninas aldeias ao redor de Bonn, que perfaziam um total de 300 pessoas contando-se crianças e velhos, queimou vivas nada menos que 150 pessoas! Consta que ao menos em duas oportunidades (da viúva Boffgen e do Alcaide de Rheinbach), o juiz se apoderou de todos os bens dos condenados à fogueira (o Alcaide de Rheinbach era seu inimigo político. . .).(9) Em Bamberga, sob a administração de um bispo protestante, queimou-se 600 pessoas. Na Genebra protestante, foram queimadas 500 pessoas no ano 1515. (10)

Se os protestantes do passado nenhum valor davam a essas muitíssimas vidas ceifadas no fogo, muito menos valor dão os protestantes de hoje, que por ignorância, orgulho ou omissão, se escusam de um simples pedido de perdão, para não ter que admitir as iniqüidades que falaciosamente atribuem aos outros. A técnica, é a mesma do gatuno que bate uma carteira e grita: “pega ladrão!!!” Baseados no grito do gatuno, as mal informadas e ou mal intencionadas editoras de livros didáticos, a imprensa e a mídia fazem o resto do trabalho sujo. Tudo contribui para a perdição do que não busca conhecer a verdade.

Dizia Marcus Moreira Lassance Pimenta: “Ao ignorante, basta uma mentira bem contada para que a tenha como verdade. E ao sábio, não há mentira que o impeça de buscar a verdade”.

Bibliografia:

1. Agência Zenit, Sunday, June 20, 2004 1:17 PM.

2. Henry Charles Léa, A History of the inquisition of the Middle Ages, 3 vols. Nova Yorque, Happer, 1888, principalmente vol. I, pp. 137ss; tradução de Salomon Reinach, Historie de L’Inquisition au Moyen-Áge. Ouvrage traduit sur l’exemplaire revu et corrigé de l’auter, 3 vols., Paris, 1900-2 vol. 3.

3. Daniel-Rops, História da Igreja de Cristo, vol. III, A Igreja das Catedrais e das “Cruzadas”, Quadrante, pp. 605-606.

4.. VEIT, Valentim, História Universal, Livraria Martins Editoras, SP, 1961, Tomo II, pp. 248-249.

5. http://www.adventistas.com/marco2003/miguel_servetus.htm

6. Benedict Carpzov, Practica Nova Rerum Criminalium Imperialis Saxonica in Tres
Partes Divisão, Wittenberg, 1635.

7. Nichólas Romy, Daemonolatriae Libri Tres, Lião, 1595; Colônia, 1596; Frankfurt, 1597.

8. Johan Christopher Froehlich von Froehlichsberg, De sorcelleria, Innsbruck, 1696;
tradução: Animismes, Paris, Orent, 1964, pp. 62ss.

9. Cf.. Jacques Finné, Erotismo et sorcellerie, Verviers (Bélgica), Gerard, 1972; tradução de Charles Marie Antoine Bouéry, Erotismo e feitiçaria, São Paulo, Mundo Musical, 1973, p. 41.

10. W. Bommbeg, The mind of man: the history of man’s conquest of mental illness, 2ª ed., Nova Yorque, Harpel, 1959; tradução: La mente del hombre, Buenos Aires, 1940.


A SEVERIDADE DOS TRIBUNAIS PROTESTANTES

Foram terríveis os genocídios causados pelos protestantes na Alemanha. A então Alemanha estava dividida em mais de trezentas circunscrições, cada uma delas com seu próprio Supremo Tribunal civil e seu Direito particular. A perseguição às bruxas e a severidade dos castigos, dependiam geralmente dos respectivos senhores de cada região, que governavam com muita independência e poder quase absoluto.

Dentro de cada região, havia oscilações pendulares inclusive extremas, segundo os critérios subjetivos do mesmo senhor e segundo os conceitos das diversas sucessões no poder através dos anos e dos séculos. Daí a dificuldade em se calcular o número de pessoas condenadas à fogueira e à forca na Alemanha. Mas, das crônicas e processos regionais que chegaram até nós, cabe deduzir, que as vítimas se contaram por milhares. Gardner calcula 9 milhões (1). Morrow simplesmente diz que foram milhões (2).

W. A. Schoeder, contemporâneo aos fatos, anotou que nas localidades de Bamberg e Zeil, entre 1625 e 1630, (cinco anos) se realizaram nada menos que 900 processos de bruxaria. Deles (numa exceção), 236 terminaram com condenação à morte na fogueira. Só num ano, 1617, em Wurzburgo, foram queimadas 300 bruxas (3); em total nesta região, as atas apresentam l.200 condenações à morte (4).

Em 20 anos, de 1615 à 1635, em Estrasburgo, houve 5.000 queimas de bruxas (5). Em cidades pequenas como a imperial Offenburg, que só tinha entre dois e três mil habitantes, se desenvolveram acérrimas perseguições às bruxas durante três decênios, e em só dois anos, segundo as atas, foram queimadas 79 pessoas (6). Segundo o VERITY MURPHY em 16/6/2004, da BBC de Londres, o novo e mais completo relatório da inquisição, indica que, no auge da Inquisição, a Alemanha protestante matou mais bruxas e bruxos que em qualquer outro lugar.

Na Suíça, quando protestante, os casos de condenação de bruxas descritos nas crônicas conservadas, chegam a 5.417 (7). Nos Alpes Austríacos, as mortes chegaram ao menos a 5.000 (8). Era absolutamente falsa a afirmação de muitos autores protestantes ingleses, de que a Inglaterra foi uma exceção dentro da bruxomania geral. Segundo Ewen, (9), que cita documentos oficiais, o número de condenados à pena de morte por bruxaria, na Inglaterra protestante, exatamente de 1541 a 1736, teria sido menos de mil. As condenações à morte teriam sido menos de 30% das acusações. Mesmo assim, o comportamento inglês não fugiu ao ditado de que não há regras sem exceções.



Na Inglaterra destacava-se o protestante Mathew Hopkins que se autodenominava "descobridor geral de bruxas". Parece que era um sádico encoberto. Quando encontrava uma mulher que excitava seus instintos sexuais anormais, obrigava-a a despir-se na sua presença e começava a fincar com uma agulha, as diversas partes do corpo dela (assim se procuravam áreas insensíveis, o que seria sinal de possessão demoníaca). Mas... ele mesmo diante de outros protestantes, foi acusado de possuir estranhos poderes. Submetido às provas de bruxaria que empregara, foi condenado e morto (10).

                                                                                       Rainha Elizabeth           Jacques I

Na Inglaterra não era necessário aplicar torturas — às vezes se deram! — porque a condenação freqüentemente era sentenciada sem necessidade de confissão por parte do acusado (11).
Em 1562 a rainha Elizabeth, e a versão definitiva do Witch Act ou “lei contra os bruxos”, de Jacques I em 1604, condenavam à morte a pessoa que tivesse feito qualquer malefício pretendendo acabar com a vida ou danar o corpo de alguém. Mesmo que não se percebesse efeito nenhum do malefício! Esta lei se manteve em vigor na Constituição até 1736.

Os protestantes do Reino Unido foram lentos. Na Inglaterra do século XVII, na área da interpretação dos fenômenos misteriosos ainda grassava a superstição demonológica, e houve várias condenações. O último juízo por bruxaria foi já entrado o século XVIII, em 1717, (12). E ainda demorariam mais vinte anos para abolir o estatuto inglês contra as bruxas, em 1736 (13). A última morte por condenação como bruxa, na Escócia, foi em 1738. Na Irlanda, a lei contra bruxaria não foi abolida até 1821!
Em 1863, segunda metade do século XIX!, o povo inglês ainda linchou um velho por considerá-lo bruxo.

As perseguições protestantes atravessaram o Atlântico, e chegaram aos EUA. O primeiro corpo de estatutos — The Body of Liberties — que houve em Massachusetts, é de 1641 (14). Nele se diz: "Se algum homem ou mulher é bruxo que manifesta ou consulta um espírito familiar(?), será enviado à morte" (15). A revisão de 1649 reiterava a mesma lei com pena capital (16). De sua vigência é um exemplo famoso, “o processo das bruxas de Salem,” em 1692. Como resquício, ainda hoje em alguns estados americanos, a pena de morte é vista com naturalidade, aos condenados gravemente pela justiça. Mudaram apenas os réus e a forma de exterminar.

Richard Beilingham

O pânico da população perante as bruxas e a ira contra elas, refletem-se no caso de Ann Hibbins. Parece que foi acusada por motivos meramente socioeconômicos. Era irmã de um rico comerciante e antigo assistente da colônia, Richard Beilingham, que fora governador da Baía de Massachusetts. O júri a condenou. Os juizes não aceitaram o veredicto. O caso foi levado à Corte Geral. Foi fácil incitar a opinião pública. Tanto pressionaram a Corte que Ann Hibbins foi condenada à morte (17).


ATÉ CRIANÇAS ERAM QUEIMADAS PELOS PROTESTANTES

No ano 1670, na Suécia, houve um processo deplorável: Como conseqüência das declarações, arrancadas pelas interrogações feitas pelos teólogos protestantes, foram queimadas 70 mulheres, açoitadas mais 56, queimadas 15 crianças que já tinham chegado aos 16 anos e outras 40 foram açoitadas (18). Na Alemanha protestante, o poder civil condenou Anna Maria Schwugelin. Foi decapitada como bruxa em 1759. No dia 18 de junho de 1782, o governo protestante ainda decapitou uma bruxa na Suíça (19).

Agora os protestantes têem aqui reunidos, grande parte dos números de mortes, nomes e documentos, para a própria cruel “inquisição” de seus tribunais, que tanto omitem. E isso não é tudo. Atacado por um diabólico ódio racial, Lutero antes de sua morte, lançou o panfleto “Contra os judeus e as suas mentiras.” onde pregava aos alemães, toda sorte de desumanidade contra os judeus, culminando no holocausto nazista. Esta obra, está reproduzida na “História do anti-semitismo”, de Leon Poliakov.

Leon Poliakov 

Dia 6 de maio de 1527, quando saquearam Roma, cerca de quarenta mil homens espalharam na Cidade Eterna o terror, a violência e a morte. Eram seis mil espanhóis, quatorze mil italianos e vinte mil alemães, quase todos luteranos, esses últimos, indivíduos perversos, gananciosos, desprovidos de qualquer escrúpulo. Gritavam: ”Viva Lutero, nosso papa!!!” Ávidos, incansáveis na busca das riquezas, dos despojos do inimigo, os lanquenetes luteranos e os outros invasores assaltaram, estupraram, saquearam, incendiaram, trucidaram, arrebentaram as suas vítimas, jogaram crianças pelas janelas ou as esmagaram contra as paredes. Grande parte da população foi dizimada.

Maurice Andrieux

Conforme disse Maurice Andrieux, esse ataque a Roma "superou em atrocidade todas as tragédias da História", até mesmo a destruição de Jerusalém e a tomada de Constantinopla. Todo esse genocídio com requintes de crueldade, parece encontrar doce justificativa nas palavras de Lutero, pai do protestantismo do “somente a fé”:

“... Seja um pecador e peque fortemente, mas creia e se alegre em Cristo mais fortemente ainda...Se estamos aqui (neste mundo) devemos pecar...Pecado algum nos separará do Cordeiro, mesmo praticando fornicação e assassinatos milhares de vezes ao dia”. (Carta a Melanchthon, 1 de agosto de 1521 (American Edition, Luther's Works, vol. 48, pp. 281-82, editado por H. Lehmann, Fortress, 1963).
Esta "fé", de Lutero, apesar de dirigida pela vontade, é um simples ato do intelecto. Apesar de necessária à salvação, não é suficiente. Tiago diz que até mesmo os demônios têm esta fé (Tg 2,19). É por este motivo que ele diz: "Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé?" (Tg 2,24). Infelizmente, Lutero designou esta carta do Apóstolo de [i/"Carta de Palha". Ele não entendeu o que Tiago esta querendo dizer (sobre a fé de Abraão): "Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas" (Tg 2,22). Sob o erro do pai do protestantismo, as seitas evangélicas ainda hoje, pregam que seus seguidores já estão “salvos”, só porque simplesmente “crêem” em Jesus. Se assim fosse, iriam encontrar Lúcifer no céu.
Bibliografia:1. Gerald B. Gardner, Ursprung und Wirklichkeít der Hexen, Weilheim, 1965, pp. 30s.

2. F. Morrow, no prólogo e Montagne Summers, The history of wttchcraft and
demonology, 2a ed., Nova Iorque, 1956.

3. Citado por Merzbacher, Die Hexenprozesse in Franken, Munique, 1975, p. 43.

4. Kurt Baschwitz, Hexen und Hexenprozesse. Die Geschichte eines Massenwalms und Bekampfung, Munique, 1963; uso a tradução de Ana Grossman, Brujas y proceso de brujeria, Barcelona, Luiz de Caralt, 1968, p. 261.

5. Cf. Wilhelm Gottieb Soldan, Geschichte der Hexenprozesse aus der Quellen dargestellt, Stutgard, 1843; 2º edição revisasda: Soldan-Ludwig Julius Heppe, Geschichte der Hexenprozesse, 2 vols. Stuttgard, 1880; 3º edição revisada: Soldan –Heppe-Max Bauer, com o mesmo título, Munique, 1012, tomo I, p. 530.

6. Idem, Soldan –Heppe-Max Bauer, ibidem, p. 251.

7. Na tese doutoral de G. Bader, Die Hexenprozesse in der Schweiz, Zurique, 1945, p. 219.

8. Fritz Byloff, "Hexenglaube und Hexenverfolgung in der õsterreichischen Alpenlander" in Quellen zur deutschen Volkskunde, 1934, caderno 6, p. 159.

9. C. L. Ewen, Witccraft and demonianism, Londres, Muller, 1970; Witch hunting witch trial, Londres, 1062; Nova Iorque, Harper, 1971.t.

10. Ramiro A. Calle, La magia negra y el ocultismo (técnicas para el conocimento de si mismo y de los demás), Barcelona, Cedel, 1968, p. 271s.
11. Cf. Ronald Seth, Children against witches, Londres, Robert Hale, 1969, p. 14; Davies, Four centuries…, op. cit.

12. Mair, La brujería..., op. cif, p. 216.

13. Fox, Science..., op. cit., p. 25; sobre a Bruxaria na Inglaterra, Peter Haining, A circie of witches - An anthology of victorian witchcraft stories, Londres, Robert Hale, 1971; idem, The anatomy o f witchcraft, Londres, Souvenir, 1972; tradução de René Cárdenas Barrios, La anatomia de Ia brujería, México, Diana, 1976.

14. The body of liberties é reproduzido por William Witmore (ed.), The Colonial Laws of Massachusetts. Reprinted from the edition of 1660, with suplements to 1672. Containing also the Body of Liberties of 1641, Boston, City Council, 1889.

15. Ibidem, Liberty, 94, Capital Lawa, p. 55.

16. Cf. Winfield S. Nevins, Witchcraft in Salem Village in 1692, Salem-Massachusetts, Salem-Press, 1916, pp. 29s.

17. Thomas Hutchinson, History of the Colony of Massachusetts Bay, Londres, Thomas and John Fleet, 1764, p. 187; William F. Poole, "Witchcraft in Boston" in Justin Windsor (ed.), Memorial history of Boston, Boston, Tickner, 1881, tomo 2, p. 130.

18. B. Bekker, De betoverde wereld, Amsterdã, p. 576-587; trad.: Le monde enchaté, 6 vols. Paris, 1964.

19. Mair, La brujería..., op. cif, p. 216.