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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

SENADORES VOTAM CONTRA O VOTO FACULTATIVO


BRASÍLIA - AGENCIA CONGRESSO - A proposta do senador Ricardo Ferraço (PMDB), que visava acabar com o voto obrigatório no país, foi derrotada nesta quarta-feira (02) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Dos 22 senadores presentes, só seis votaram a favor do voto facultativo: "O Senado está na contra mão da sociedade, que deseja voto facultativo", disse Ferraço. Os dois senadores capixabas presentes na sessão, Magno Malta (PR) e Ana Rita (PT), votaram contra a proposta de Ferraço. "O Brasil não está pronto para o voto facultativo", justificou Ana Rita. A senadora disse ainda que o voto facultativo não iria contribuir para o fortalecimento do processo democrático, que para ela, ainda é frágil no Brasil.

Senadores que votaram contra:Senadores que votaram a favor:
Ana Rita (PT-ES)Pedro Taques (PDT-MT)
Magno Malta (PR-ES)Sérgio Souza (PMDB - PR)
Aníbal Diniz (PT-AC)Francisco Dorneles (PP-RJ)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)Álvaro Dias (PSDB-PR)
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)Rodrigo Rollemberg (PDT-DF)
Pedro Simon (PT-RS)Blairo Maggi (PR-MT)
Luiz Henrique (PMDB-SC)
Cassio Cunha Lima (PSDB-PB)
José Agripino (DEM-RN)
Aloisio Nunes (PSDB-SP)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP)
Humberto Costa (PT-PE)
Wellington Dias (PT-PI)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Eduardo Suplicy (PT-SP)

Fonte: AGÊNCIA CONGRESSO: http://www.agenciacongresso.com.br/m.asp?cd=662 
Assista ao vídeo "Velhos parasitas obrigam você a votar": http://www.youtube.com/watch?v=yZIRAY0taBc


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

NIEMEYER? BRASÍLIA É OBRA DE LÚCIO COSTA!

      O Google faz uma homenagem a Oscar Niemeyer – como em outras datas importantes, substitui o seu logo por um desenho alusivo àquele dia. Está lá, então: “52º aniversário de Brasília. Desenhos de Oscar Niemeyer”. Vi por acaso – queria fazer uma pesquisa qualquer, procurar fotos de um determinado filme, e vi a homenagem. O dia 21 de abril, a data de aniversário de Brasília, ainda nem tinha começado, faltavam alguns minutos, mas a homenagem já estava lá.
      É uma homenagem errada. Ao homem errado. Expressei minha indignação no Twitter. Esperneei lá que quem criou Brasília foi Lúcio Costa. Segundos depois, um garoto jovem, Luiz Otávio, tuitou o seguinte: “se lúcio costa foi quem planejou tudo… niemeyer recebe a fama só porque ainda está vivo?” Mais uns poucos segundos, e alguém da equipe de Ancelmo Gois – que considero o melhor colunista deste país hoje – tuitou, alegremente, entusiasticamente, cariocamente, que o Google estava prestando homenagem a Niemeyer.
      Estou velhinho, cansado, e este país despeja sobre nós pelo menos dez motivos de indignação por dia, e não nos indignamos tanto quanto deveríamos – mas esse episódio me deixou profundamente indignado, e tento aqui expressar essa raiva. Discutir sobre a decisão de criar Brasília, tomada por Juscelino, fica para nunca, ou para depois. Mas o fato é que, decisão política tomada, Brasília existe, e é como é, graças a Lúcio Costa. É de Lúcio Costa o desenho da cidade, o avião, duas imensas asas a partir de um Eixo Monumental. Niemeyer projetou os prédios. O desenho de Brasília é de Lúcio Costa. Joaquim Guedes, parece, fez os cálculos.
                  


O desenho, quem fez foi Lúcio Costa. O Eixo Monumental, os eixos das asas, o Sul e o Norte, os trevos viários, as tesourinhas, as superquaedras, tudo foi idéia de Lúcio Costa. Tudo, no Plano Piloto, é ideia de Lúcio Costa. Este país é tão maluco, tão absurdamente doido, que gerações inteiras, como o garoto Luiz Otávio indica, aprenderam a História errada. Por algum motivo incompreensível, ou por uma série de motivos incompreensíveis, o marketing transformou Brasília em uma criação de Oscar Niemeyer. Deve haver muitos meninos que estudaram em boas escolas e sequer sabem quem foi Juscelino Kubitscheck, mas que aprenderam que Brasília é uma obra de Niemeyer. Obra de Niemeyer, o cacete.

      A ideia mais brilhante sobre Brasília, a de que o prédio do Congresso deveria ser a edificação mais alta, para demonstrar que a representação popular é mais importante do que tudo – “mais altos são os poderes do povo” – foi de Lúcio Costa. Niemeyer apenas fez o projeto do prédio. Um projeto, aliás, igualzinho a tudo que ele fez, e faz: um bloco reto de concreto e vidro, com duas partes de circunferência para enfeitar. Compare-se o prédio do Congresso Nacional ao prédio da ONU, idealizado por Le Corbusier duas décadas antes: é igualzinho.
      Niemeyer é o maior engodo, o maior blefe, o sujeito mais superestimado da História do Brasil. Um dos maiores engodos do mundo.Faz prédios, caixotes, de concreto e vidro. Não os defende da luz forte dos trópicos. Não faz aberturas de janelas que permitam a passagem do ar. Todos os prédios que cria têm,  necessariamente, que ter ar-condicionado. É um sujeito tão ante-diluviano em termos de meio-ambiente quanto nas suas idéias políticas. Na política, defende Stálin, até hoje, passado bem mais de meio século das denúncias dos crimes stalinistas na própria União Soviética.
      No trabalho, cria monstrengos de concreto sem espaço para um metrinho de grama sequer. Árvore, então, nem pensar. O Memorial da América Latrina, perdão, Latina, que projetou em São Paulo então governada por Orestes Quércia, financiador do MR-8 e um dos políticos mais corruptos da história, é uma ilha insensata de concreto cercada por uma cidade de concreto. Não há espaço para uma única arvorezinha, naquele mausoléu da Barra Funda. Em Brasília, o desenho de Lúcio Costa exigia um gigantesco espaço gramado no Eixão, no meio dos prédios dos ministérios, diante da Praça dos Três Poderes. Lúcio Costa botou verde lá. Se fosse por Niemeyer, tudo aquele espaço seria de concreto.
      Mais ou menos recentemente, o escritório de Niemeyer bolou um projeto de criar, bem no meio da grama da Esplanada dos Ministérios, um trombolho de concreto. Felizmente (há momentos em que este país tem alguma lucidez) o projeto foi abortado, levando-se em consideração que o espaço havia sido considerado Monumento da Humanidade pela Unesco. A melhor criação de Niemeyer é a frase que ele repete há mais de um século, de que as curvas de suas criações fazem lembrar as curvas sensuais da mulher.
      Morar num prédio projetado por Niemeyer – como o Copan no Centro de São Paulo, ou como naquele prédio horroroso que enfeia a Praça da Liberdade em Belo Horizonte, deve ser um inferno. Com paredes arredondadas, como ter uma sala agradável? Como ter móveis que se adaptem a elas? Não se tem notícia de um presidente da República que tenha achado que viver no Palácio da Alvorada é agradável. E o Palácio do Planalto não sobrevive sem reformas infindas, e carésimas, como a que Lula fez.
      Ah, sim, mas Niemeyer é uma referência na arquitetura, tem projetos em trocentos países, é incensado no mundo inteiro. Verdade. E aí a gente tem que, realmente, tirar o chapéu: o marketing do comunismo, da esquerda, da esquerdiotice, é o melhor do mundo. Transformam um arquiteto de merda no melhor do mundo. Transformam um governo de merda em nunca antes neste país. Transformam Dilma, esse estupor, essa coisa que não consegue falar uma única frase compreensível, em estadista.
Pobre país, este nosso.

A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL


Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
(  ) R$ 20,00  (  ) R$ 40,00  (  ) R$ 60,00  (  ) R$ 80,00  (  ) R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
(  ) SIM  (  ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(  ) R$ 20,00  (  ) R$ 40,00  (  ) R$ 60,00  (  ) R$ 80,00  (  ) R$ 100,00

7. Em 2010...:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder, pois é proibido reprová-los).
(  ) R$ 20,00  (  ) R$ 40,00  (  ) R$ 60,00  (  ) R$ 80,00  (  ) R$ 100,00

E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos, pois a professora provocou traumas na criança.
Também jamais levante a voz com um aluno, pois isso representa voltar ao passado repressor (Ou pior: O aprendiz de meliante pode estar armado).

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:

Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
...Quando é que se 'pensará' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Passe adiante!
Precisamos começar JÁ! Ou corremos o sério risco de largarmos o mundo para um bando de analfabetos, egocêntricos, alienados e sem a menor noção de vida em sociedade e respeito a qualquer regra que seja!!!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O QUE É A TABELA PRICE?


QUI, 03 DE DEZEMBRO DE 2009 08:28 FERNANDO RODRIGUES

A Tabela Price, como é conhecido o sistema francês de amortização, há muito vem sendo ilegalmente utilizada neste país, principalmente pelos bancos, construtoras e agentes financeiros. Mas o que é a Tabela Price? Segundo lição do ilustre matemático JOSÉ DUTRA VIEIRA SOBRINHO, que cita trecho da obra do professor MARIO GERALDO PEREIRA, a denominaçãoTabela Price se deve ao matemático, filósofo e teólogo inglês Richard Price, que viveu no século XVIII e que incorporou a teoria dos juros compostos às amortizações de empréstimos (ou financiamentos). A denominação "Sistema Francês", de acordo com o autor citado, deve-se ao fato de o mesmo ter-se efetivamente desenvolvido na França, no Século XIX. Esse sistema consiste em um plano de amortização de uma dívida em prestações periódicas, iguais e sucessivas, dentro do conceito de termos vencidos, em que o valor de cada prestação, ou pagamento, é composto por duas parcelas distintas: uma de juros e uma de capital (chamada amortização). (Mário Geraldo Pereira. Plano básico de amortização pelo sistema francês e respectivo fator de conversão. 

Cálculo

O processo de cálculo da tabela price é iterativo. Tomando como exemplo um empréstimo de R$ 30.000,00 para ser pago em 48 parcelas mensais, com juros de 1% ao mês.
A cada mês a partir do primeiro deve-se calcular o saldo devedor pelo seguinte processo:
  • Multiplicar o saldo devedor do mês anterior por 1 + Juros;
  • Subtrair o valor a ser pago;
  • No último mês o saldo devedor deverá ser igual à zero.
Para determinar-se o valor da prestação deve-se repetir este processo por várias vezes até que obtenha o valor da prestação que satisfaz a última condição.
Por este método sabe-se que o valor da prestação será R$ 790,02. Desta forma têm-se a seguinte tabela:

MêsJurosAmortizaçãoSaldo DevedorCálculo para próximo mês
0R$ 30.000,00R$ 30.300,00
1R$ 300,00R$ 490,02R$ 29.509,98R$ 29.805,08
2R$ 295,10R$ 494,92R$ 29.015,07R$ 29.305,22
3R$ 290,15R$ 499,86R$ 28.515,21R$ 28.800,36
4R$ 285,15R$ 504,86R$ 28.010,34R$ 28.290,45
5R$ 280,10R$ 509,91R$ 27.500,43R$ 27.775,44
6R$ 275,00R$ 515,01R$ 26.985,42R$ 27.255,27
7R$ 269,85R$ 520,16R$ 26.465,26R$ 26.729,91
8R$ 264,65R$ 525,36R$ 25.939,90R$ 26.199,30
9R$ 259,40R$ 530,62R$ 25.409,28R$ 25.663,37
10R$ 254,09R$ 535,92R$ 24.873,36R$ 25.122,09
11R$ 248,73R$ 541,28R$ 24.332,08R$ 24.575,40
12R$ 243,32R$ 546,69R$ 23.785,38R$ 24.023,24
13R$ 237,85R$ 552,16R$ 23.233,22R$ 23.465,55
14R$ 232,33R$ 557,68R$ 22.675,54R$ 22.902,29
15R$ 226,76R$ 563,26R$ 22.112,28R$ 22.333,40
16R$ 221,12R$ 568,89R$ 21.543,39R$ 21.758,82
17R$ 215,43R$ 574,58R$ 20.968,81R$ 21.178,49
18R$ 209,69R$ 580,33R$ 20.388,48R$ 20.592,36
19R$ 203,88R$ 586,13R$ 19.802,35R$ 20.000,37
20R$ 198,02R$ 591,99R$ 19.210,36R$ 19.402,46
21R$ 192,10R$ 597,91R$ 18.612,44R$ 18.798,57
22R$ 186,12R$ 603,89R$ 18.008,55R$ 18.188,64
23R$ 180,09R$ 609,93R$ 17.398,62R$ 17.572,61
24R$ 173,99R$ 616,03R$ 16.782,60R$ 16.950,42
25R$ 167,83R$ 622,19R$ 16.160,41R$ 16.322,01
26R$ 161,60R$ 628,41R$ 15.532,00R$ 15.687,32
27R$ 155,32R$ 634,70R$ 14.897,30R$ 15.046,27
28R$ 148,97R$ 641,04R$ 14.256,26R$ 14.398,82
29R$ 142,56R$ 647,45R$ 13.608,81R$ 13.744,89
30R$ 136,09R$ 653,93R$ 12.954,88R$ 13.084,43
31R$ 129,55R$ 660,47R$ 12.294,41R$ 12.417,36
32R$ 122,94R$ 667,07R$ 11.627,34R$ 11.743,62
33R$ 116,27R$ 673,74R$ 10.953,60R$ 11.063,14
34R$ 109,54R$ 680,48R$ 10.273,12R$ 10.375,85
35R$ 102,73R$ 687,28R$ 9.585,84R$ 9.681,70
36R$ 95,86R$ 694,16R$ 8.891,68R$ 8.980,60
37R$ 88,92R$ 701,10R$ 8.190,58R$ 8.272,49
38R$ 81,91R$ 708,11R$ 7.482,47R$ 7.557,30
39R$ 74,82R$ 715,19R$ 6.767,28R$ 6.834,96
40R$ 67,67R$ 722,34R$ 6.044,94R$ 6.105,39
41R$ 60,45R$ 729,57R$ 5.315,38R$ 5.368,53
42R$ 53,15R$ 736,86R$ 4.578,51R$ 4.624,30
43R$ 45,79R$ 744,23R$ 3.834,28R$ 3.872,63
44R$ 38,34R$ 751,67R$ 3.082,61R$ 3.113,44
45R$ 30,83R$ 759,19R$ 2.323,42R$ 2.346,66
46R$ 23,23R$ 766,78R$ 1.556,64R$ 1.572,21
47R$ 15,57R$ 774,45R$ 782,19R$ 790,02
48R$ 7,82R$ 782,19R$ 0,00
Soma: R$ 7.920,72R$30.000,00
As colunas tem os seguintes significados:
  • Juros: A quantidade de juros cobrados no período;
  • Amortização: O quanto da dívida foi paga após ter sido efetuado o pagamento dos juros do período;
  • Saldo Devedor: O quanto da dívida está pendente para ser paga;
  • Cálculo para próximo mês: O valor da dívida remanescente após o pagamento dos juros e da amortização do perído.
Nota-se que, caso seja interpretado que a amortização paga primeiro os juros e depois reduz o saldo devedor, então em nenhum momento são cobrados juros sobre juros (anatocismo). Caso seja interpretado que a amortização paga primeiro o saldo devedor, então os juros são incorporados ao saldo devedor e ocorre o anatocismo. Esta é uma questão antiga que é facilmente superada pois os juros são pagos mês a mês. Caso contrário no Sistema SAC (amortização constante) também se teria a existência de anatocismo, bem como em qualquer tipo de pagamento em prestações.

Tabela Price no Brasil
No Brasil, a interpretação matemática da existência de juro composto (vide termo sinônimo no STJ) na Tabela Price fica condicionada a fórmula anterior, que estabelece como regra geral na formação dos juros embutidos nas parcelas uma progressão Geométrica decrescente, ou seja do maior para o menor. Vale ressaltar que juros compostos é uma unidade de medida, assim como juros contínuos ou juros simples. Em uma mesma série de pagamentos, podemos medir o custo financeiro por diversas unidades de medida, especialmente juros compostos e juros contínuos. A proibição legal no Brasil é a cobrança de juros sobre juros já cobrados do mutuário.
Apesar de amplamente utilizada em todo o mundo ocidental, a metodologia de cálculo é discutida em alguns países do mundo, por ser o único sistema que permite o pagamento em parcelas iguais e periódicas ao longo do prazo do empréstimo.
Embora a tabela Price ou Sistema Francês de Amortização seja também muito utilizada no Brasil pelo mercado e segmentos financeiros, seu uso tem sido contestado perante a justiça brasileira, uma vez que a legislação brasileira permite o uso de juros compostos somente em determinadas operações que possuam previsão legal e o sistema previsto pela tabela price é erradamente confundido com anatocismo.
"A aplicação da Tabela Price aos contratos de prestações diferidas no tempo impõe excessiva onerosidade aos mutuários devedores do SFH, pois no sistema em que a mencionada Tabela é aplicada, os juros crescem em progressão geométrica, sendo que, quanto maior quantidade de parcelas a serem pagas, maior será a quantidade de vezes que os juros se multiplicam por si mesmos, tornando o contrato, quando não impossível de se adimplir, pelo menos abusivo em relação ao mutuário, que vê sua dívida se estender indefinidamente e o valor do imóvel exorbitar até transfigurar-se inacessível e incompatível ontologicamente com os fins sociais do Sistema Financeiro da Habitação." (Min José Delgado, STJ, REsp 668795 / RS ; Recurso Especial2004/0123972-0, 2005). Falta a justiça brasileira entender que este é o único método que permite pagamentos iguais ao longo do período. E que em qualquer pagamento em prestações existe o errado entendimento da incidência de anatocismo. Se prevalecer este entendimento restará finalmente à justiça brasileira proibir todo e qualquer pagamento parcelado no Brasil.
Assim reza a Súmula 121 do Supremo Tribunal Federal (STF) Brasileiro: “É vedada a capitalização mensal de juros, ainda que expressamente convencionada” e que é erradamente confundido com juros compostos que nada mais é que uma unidade de medida dos juros cobrados.
É muito conhecido o trecho do texto de Price para definir a transferência de renda pelo juro composto de suas tabelas:
Um centavo de libra emprestado na data de nascimento de nosso Salvador a um juro composto de cinco por cento teria, no presente ano de 1781, resultado em um montante maior do que o contido em DUZENTOS MILHÕES de Terras, todas de ouro maciço. Porém, caso ele tivesse sido emprestado a juro simples ele teria, no mesmo período, totalizado não mais do que SETE XELINS E SEIS CENTAVOS.(Nogueira, 2002, Tabela price da Prova Documental e Precisa elucidação de seu anatocismo)
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